Como faço para saber se o meu disco está com defeito?

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O disco, muitas vezes chamado em português de “disco rígido”, é um dos componentes fundamentais de um computador. É nele que ficam armazenados os ficheiros que salvamos na máquina.

Em grande parte dos casos, também é nele que está o sistema operativo (Windows, Linux, entre outros) e todos os outros programas instalados no computador.

Mesmo computadores mais modernos que têm SSD não renunciam a um disco, sendo este usado para armazenar ficheiros grandes, pois a sua capacidade de armazenamento é sempre muito maior do que outras tecnologias.

Contudo, o disco tem um tempo de vida útil que, infelizmente, pode ser encurtado por conta de diversos fatores, como a temperatura do computador, uso indevido da máquina, incompatibilidades entre software e hardware, entre outros.

Por isso, neste artigo abordaremos algumas formas de identificar se o seu disco apresenta algum problema e se deve ser trocado em breve ou não.

Lembre-se: se suspeita de que pode haver qualquer erro no seu disco, não hesite em fazer um backup dos ficheiros antes que seja tarde demais!

6 dicas para identificar se o disco está com defeito

1. O disco está lento ou trava frequentemente

A lentidão ao abrir ficheiros e programas pode ser um sinal de que há algo de errado com o disco. Além disso, breaks frequentes também podem ser um indício de que o disco rígido está em apuros.

No entanto, estes mesmos sinais podem aparecer por conta de diversos outros problemas, então não é possível ter certeza, apenas com isso, que o problema é o disco.

Ainda assim, este pode ser um primeiro sinal a convidar para uma análise mais aprofundada dos problemas que o computador está a enfrentar.

Além da lentidão e dos breaks, também é possível o aparecimento da famigerada “tela azul da morte” (blue screen of death), uma tela com o fundo azul que aparece inesperadamente durante o uso do computador e a torna inutilizável até a reinicialização.

O aumento da temperatura do computador também pode indicar um problema no disco, pois significa que a máquina está a usar muitos recursos para tentar encontrar os ficheiros e/ou programas e a falhar repetidamente.

2. Os dados estão a ser corrompidos

Dados corrompidos a aparecerem com muita frequência pode ser um sinal de que há problemas no disco, principalmente se a peça tiver mais de cinco anos.

Os dados corrompidos podem manifestar-se das seguintes formas:

  • Desaparecimento de ficheiros e programas;
  • Erros em downloads e instalações;
  • Mensagens de ficheiro corrompido.

3. Ruídos e sons estranhos

O disco é uma peça que tem um braço mecânico e uma agulha que grava os dados no disco. No seu funcionamento normal, não costuma emitir barulhos muito perceptíveis.

Contudo, se de uns tempos para cá o seu computador tem apresentado barulhos diferentes, bem como outros sinais de falha no disco (como os citados neste artigo), é possível suspeitar que há algo de errado com o disco rígido.

Este tipo de problema tende a surgir com mais frequência em portáteis, que costumam ser movidos com frequência, deixando os componentes mais propensos a quedas, batidas e outras situações que podem causar danos físicos na máquina.

4. O Windows não reconhece o disco

Neste caso, o problema pode não ser o disco, mas o sistema operativo que apresenta algum erro ou há algum problema nos cabos, ou na conexão com a placa mãe.

No entanto, isso não quer dizer que está tudo bem com o disco, tendo em vista que o Windows tende a “desprezar” um disco defeituoso, deixando de reconhecê-lo.

Para compreender melhor a natureza desse erro, é importante ficar atento a outros sinais de que o disco está a apresentar falhas.

Também é possível testar o disco noutra máquina. Se, na outra máquina, funciona corretamente e não faz nenhum barulho estranho, o problema provavelmente está na máquina, e não no disco rígido. Mas, se continuar a não reconhecer, realmente é um problema no disco e precisa dos dados contidos no disco, considere falar connosco.

5. Bad Blocks

Os bad blocks podem ser definidos como “setores danificados” no disco rígido. Isto impede o armazenamento correto de ficheiros, bem como prejudica a leitura e execução destes.

Um dos grandes problemas dos bad blocks é que eles tendem a formar mais bad blocks, prejudicando ainda mais a capacidade de armazenamento do disco rígido.

Bad blocks podem ser de origem física ou de software. Os bad blocks físicos ocorrem por conta de danos físicos no disco, mais difícil recuperar os dados quando comparado aos bad blocks de software.

Os danos físicos ao disco rígido podem ocorrer por conta de pancadas que danificam a peça, exposição a altas temperaturas, entrada de poeira na área lacrada do disco, entre outros.

Já os bad blocks de software estão relacionados a softwares maliciosos, como vírus, ou até mesmo alguns descuidos básicos, como desligar a máquina incorretamente.

Para evitá-los, procure sempre desligar o computador da forma certa e evite fazer o download de ficheiros e programas suspeitos ou de fontes desconhecidas.

O lado bom, no entanto, é que em alguns casos, é possível “isolar” os bad blocks e continuar a usar o disco, mas com uma capacidade de armazenamento mais limitada.

Na dúvida, consulte um especialista para uma análise mais precisa do problema e de como resolvê-lo.

6. Use uma aplicação de diagnóstico

Se está em dúvida do que pode estar a acontecer com o seu computador, existem várias aplicações de diagnósticos que ajudam a descobrir se algo está a apresentar um defeito.

Entre algumas alternativas estão CrystalDiskInfo, GSmart Control, discoDScan, discoTune, entre outros. Contudo, estas aplicações não substituem uma avaliação especializada e podem não ter a precisão necessária para detetar problemas que estão no seu início.

O Windows também tem uma ferramenta nativa que ajuda no diagnóstico, conhecida como “Chkdsk”. Para utilizá-lo, siga os seguintes passos:

  1. Abra o Explorador de ficheiros;
  2. Vá para “Meu Computador” ou “Este Computador”;
  3. Em “Dispositivos e Unidades”, clique com o botão direito em cima do driver que representa o seu disco;
  4. Selecione “Propriedades”;
  5. Vá para a aba “Ferramentas”;
  6. Na secção “Verificação de erros”, clique em “Verificar”;
  7. Caso o Windows detete algum erro, a ferramenta Windows Event Viewer irá notificar.

Vale ressaltar que este método também pode ajudar com alguns problemas menores, pois, durante a verificação, já corrige alguns bugs e outros problemas que podem ser resolvidos automaticamente.

Como evitar estes problemas?

Nem sempre é possível evitar a deterioração das peças dos computadores, sobretudo se já forem velhas. Contudo, é possível prolongar a sua vida útil seguindo estas simples dicas:

  • Mantenha o computador num ambiente limpo e arejado, eventualmente abrindo-o para tirar o pó que acumula no seu interior (em caso de dúvidas, peça ajuda de um especialista);
  • Confira sempre os cabos conectados à máquina, pois problemas nestes podem acabar por danificar o disco;
  • Verifique se o disco está encaixado na posição correta;
  • Instale um bom antivírus, mantenha-o atualizado e faça varreduras com frequência para evitar malwares;
  • Certifique-se de instalar apenas programas que vieram de uma fonte de confiança;
  • Ao transportar o computador, seja um desktop ou um portátil, tenha cuidado para evitar quedas e batidas, pois o impacto pode prejudicar as peças internas.

Conclusão

Os computadores são máquinas complexas e problemas em qualquer um dos seus componentes podem ser difíceis de serem detetados.

Este artigo teve como propósito ajudá-lo a levantar hipóteses de diagnóstico a respeito do problema apresentado, mas não substitui uma avaliação profissional.

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